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A Proteção dos Advogados na Índia e no Brasil: Um Novo Estudo da FNI para as Nações Unidas

O Instituto Fatos e Normas apresentou informações sobre as hostilidades contra advogados, o arcabouço jurídico nacional do Brasil e da Índia, a profissão jurídica em meio à pandemia de Covid-19, entre outros temas.

Image source: Media from Wix


Em Novembro de 2021, o Relator Especial das Nações Unidas sobre a Independência dos Juízes e Advogados convidou as partes interessadas relevantes a apresentarem contributos para o próximo relatório temático do Relator sobre a proteção dos advogados.


O Instituto de Fatos e Normas (FNI) estava entre os colaboradores. Em dezembro de 2021, o Instituto concluiu e apresentou o insumo “Protection of Lawyers: input to the UN regarding Brazil and India”.


Esforço coletivo do Observatório Global de Direitos Humanos da FNI, o relatório foi cuidadosamente elaborado pelos pesquisadores Adriano Koslides Mitre, Henrique Napoleão Alves, Samyuktha Banusekar e Amit Anand.


Os tópicos abordados pela FNI incluíram legislação e políticas relativas à profissão jurídica, barreiras ao trabalho dos advogados (incluindo atos de intimidação e violência), bem como informações relacionadas à profissão em meio à pandemia de Covid-19.


Atos de intimidação e violência contra advogados


No Brasil, houve relatos e documentação internacional sobre atos de intimidação e violência contra advogados ao longo dos anos, em contextos como a representação legal em questões de violência policial, a promoção dos direitos humanos entre os militares e a representação legal em questões de conflitos de terra .


A Comissão Nacional de Defesa das Garantias e Valorização da Profissão de Advogado da Ordem dos Advogados registou 72 homicídios de advogados no país entre 2016 e 2018, 45 dos quais poderão estar diretamente relacionados com o exercício da profissão de advogado.


Na Índia, os relatos de atos hostis contra advogados e defensores dos direitos humanos e o seu alvo de espionagem somam-se às preocupações com a imprecisão do conceito jurídico de “desrespeito ao tribunal” como uma possível barreira às liberdades básicas de expressão dos advogados.


O Caso Gabriel Sales Pimenta


Em 4 de dezembro de 2020, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) apresentou à Corte Interamericana de Direitos Humanos o caso Gabriel Sales Pimenta, relativo ao Brasil.


O caso refere-se à responsabilidade do Estado pela morte de Gabriel Sales Pimenta e à subsequente impunidade do seu assassinato. Seu Pimenta era advogado dos sem-terra. Segundo a CIDH, sua morte ocorreu como retaliação ao seu bem-sucedido trabalho jurídico na defesa dos trabalhadores rurais pobres contra proprietários de terras violentos.


Em dezembro de 2021, o caso ainda estava pendente na Corte Interamericana de Direitos Humanos.


Efeitos da pandemia COVID-19 na profissão


Em abril de 2021, uma Comissão Especial instituída pela OAB apresentou Parecer Jurídico segundo o qual condutas adotadas pelo Presidente do Brasil no contexto da pandemia resultaram em crimes nacionais e internacionais, incluindo homicídio e lesões corporais por “omissão indevida”, ou “comissão por omissão” e crimes contra a humanidade.


Na Índia, os tribunais passaram a realizar audiências online. No entanto, a tecnologia e as instalações físicas necessárias para as audiências online não estavam acessíveis em todos os tribunais. O encerramento físico dos tribunais também levou a uma diminuição de novos litígios.


 

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